segunda-feira, 23 de março de 2015

Texto sem título.

Autora Convidada: Raquel

Nos falamos pela primeira vez no início do ano letivo de 2012, e eu juro que quase não me lembro disso. Ficamos pela primeira vez alguns meses depois, no sofá de casa, enquanto minha mãe ia ao mercado. Em algumas semanas, fizemos a nossa primeira - e última - viagem "juntos". Pude conhecer um pouquinho do mundo que você deixou pra trás ao se mudar. Aliás, agradeço por ter me deixado entrar nele. Na volta, aceitei o seu segundo pedido de namoro e o mês posterior não poderia ter sido melhor. Visitas no meio da tarde, surpresas noturnas, um programa diferente a cada fim de semana... e, então, o nosso primeiro e menos doloroso até logo. É, foram muitos. A vida seguiu até que você decidisse nunca ter deixado de me querer e pensasse em uma justificativa aceitável o suficiente para convencer. Em seguida, vivi alguns dos meses mais intensos da minha vida. Cheguei ao ápice da felicidade nos primeiros seis, em que tudo transcorreu bem. Depois... ah, depois. Transitei entre o céu e o inferno por tempo maior do que acreditava ser capaz. Engoli tantos sorrisos e choros e desacreditei em inúmeras palavras. Hasta pronto! Nunca que você mudaria tão rapidamente.

Dizem que não se ama as qualidades e os defeitos de ninguém: se ama porque sim e ponto! É nisso que eu acredito e talvez por isso nunca tenha desistido. Até, bem... até exatos 11 meses atrás.

Hoje, dia 3º de janeiro de exatos três anos depois do nosso primeiro contato, acho válido agradecer por não ter você. Sei que vai entender se eu disser que, agora, o que temos em mãos é nada mais que um tubarão morto. O que não significa, de forma alguma, que eu te ame menos ou que tenha deixado de pensar em você nem que seja uma vez na semana.

Porque eu sou um pouco de todas as pessoas que conheci e definitivamente sou mais você do que qualquer uma delas. O que, bem ou mal, tem me feito melhor a cada dia. Sempre me pego ponderando o que diabos causou o nosso fim? Todo esse tempo depois, ainda chego a novas conclusões e a isso se deve grande parte do meu amadurecimento.

Não que você não faça falta: faz. Não que eu não deseje, bem lá no fundo, mais um gostinho de tudo de bom que fomos. Mas não se pode passar a vida socando uma tecla que não funciona mais.

Obrigada, obrigada, obrigada. Esse é o último.

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